sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Carta de Leonardo Dorneles

Minha vida enquanto cristão se divide em três períodos: antes, durante e após a secretaria regional da Pastoral da Juventude (2006-2008). Apesar destes momentos, obviamente distintos e bem definidos em suas características, a experiência vivida e contada aqui equivale a uma história de amor. Como todos sabem as histórias de amor contém, além de tantos sentimentos, a intensidade. Revisitar estes momentos históricos é voltar a sentir e sentir com intensidade. Vocês, amigos e amigas, devem imaginar o quanto é intenso para mim escrever essa carta.

Ainda em Rio Grande (2002 – 2005), após cinco anos bem aproveitados em grupos de jovens, iniciei a caminhada na equipe diocesana da PJ. Deste momento destaco as Escolas da Juventude, DNJ’s e a participação em espaços regionais como Fórum Regional de Organização e Identidade – FROI, Assembléia Regional da PJ do RS e as primeiras reuniões da então criada Coordenação Regional da PJ – CRPJ. Momento fecundo de crescimento e descoberta de amizades eternas!

(Equipe de Coordenação – Escola da Juventude em Rio Grande)
(Equipe Executiva – CRPJ – 2005)
Em 2006, após longo processo de estudo e avaliação, fui escolhido para exercer a função de secretário regional da PJ. Foram dois anos de muitas alegrias. Na oportunidade, visitei 16 das 17 dioceses existentes naquele período. Muita juventude fazendo PJ de várias maneiras, com brilho nos olhos, paixão, compromisso, engajamento. Fiz amizades em todos os cantos do RS e as guardo com muito carinho, sejam nos e-mails que ainda recebo, pelas redes sociais, telefone, etc. A experiência do V Encontrão Estadual de Jovens em 2006, realizado em Canoas, trouxe a noção clara do momento vivido pelas PJ’s. Muita felicidade por encontrar os grupos, a juventude e, ao mesmo tempo, preocupação quando o comparamos com IV Encontrão em Santa Maria. Sinais que nos fizeram pensar...

Também, um período marcado por importantes transformações no cenário da Igreja Brasileira e Gaúcha. Vivi a experiência da visita do Papa e a Conferência de Aparecida, aprovação do documento 85 – Evangelização da Juventude, o Fórum da Igreja Católica realizado em 2007 na PUCRS. Período, é claro, de nervos a flor da pele, desentendimentos, discussões fortes, tudo em prol da construção do Reino com a Juventude. Valeu à pena!

(Seminário de Formação e PEF – 2007 – Passo Fundo)
(Jonas e Adriano – Seminário de Formação e PEF – 2007 – Passo Fundo)
(Reunião Ampliada em Rio Grande – 2008 – minha saída e escolha da Cida)
Após finalizar o serviço da secretaria e passá-lo para minha querida amiga Aparecida Montada, continuei no trabalho com a Pastoral da Juventude em Rio Grande, acompanhando encontros, a equipe, e contribuindo com a Evangelização da Juventude, além de estudar muito e projetar a vida. Hoje, sou pai de uma menina linda, a Lara, namoro com Vanessa, trabalho na coordenação pedagógica de um projeto de educação popular e sou aluno do mestrado em educação ambiental.

Atualmente faço a bonita descoberta do acompanhamento. Tem sido uma experiência fantástica contribuir com o amadurecimento na fé de jovens. Estar junto, escutar seus anseios, dúvidas, alegrias e enxergar neles o potencial de transformação configura-se como um sinal do Reino para mim, neste momento da vida. Sinto-me honrado em compartilhar deste tempo com o Diego, Adriana, Cleiton, Cleverton, Jorge, Felipe e Vinicius. Membros da equipe da PJ de Rio Grande e grandes amigos!

(Dia Nacional da Juventude – 2010 – Ilha da Torotama – Rio Grande)
(Pastoral da Juventude de Rio Grande – Atual Equipe)
Às Pastorais da Juventude permanece o desejo de uma vida extensa e intensa. Que ainda possamos ser protagonistas das grandes transformações que essa sociedade necessita. Que o cuidado, inerente à prática cristã, seja presença em nossas ações junto à juventude, mas que, sobretudo, possibilite aos jovens crescerem integralmente, como o Cristo cresceu. Que neste futuro que começamos a construir hoje, nesta linda festa dos 30 anos, sejamos radicais em relação aos valores do Reino, sendo eles os princípios orientadores de nossas vidas e de nossas Pastorais. Que não percamos por aí a dimensão da luta enquanto alimento da mística que liberta e nos faz novos. E que nunca, nunca esqueçamos a dimensão do sonho, da utopia, do caminho a ser feito, tendo consciência que para chegar lá precisamos criar aqui e agora as condições. E que Deus sempre esteja ao nosso lado.


Leonardo Dorneles

2 comentários:

  1. Boa mesmo, Léo!
    Eu estava naquela formação em Passo Fundo em 2007. Hehehehe...
    Fez me lembrar quando tu assumiu a secretaria da PJ do RS.
    Abração, tchê!
    Jé-o gatinho da PJ...

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